terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ARTIGO

PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO  DE FERNANDO  AZEVEDO E ANISIO TEIXEIRA

Karoline  Oliveira de Abreu[1]

RESUMO

 O presente artigo apresenta uma explanação sucinta a respeito das tendências educacionais e pedagógicas no Brasil e do esboço de um diálogo possível entre elas, visando a contextualização/inclusão da tendência ambiental na história das tendências educacionais e pedagógicas, bem como das relações de continuidades e descontinuidades internas e externas entre tendências. Destacamos dois educadores do movimento da Escola Nova, no Brasil: Fernando Azevedo e Anisio Teixeira. No campo político-educacional, ele teve o seu auge durante a reforma educacional de 1928, no Distrito Federal, promovida por Fernando de Azevedo, encontrando em outras reformas do início da década de vinte as suas precursoras. Anísio Teixeira tentou implantar essas diretrizes e essa filosofia da educação, inspiradas no pragmatismo deweyano.

Palavras-chave: Pedagógicas. Anisio Teixeira. Fernando Azevedo

Introdução
Em todos os tempos, as ideias sobre educação e as práticas de ensino têm apresentado variações. Em nossa época, mais intensas e constantes têm sido, sem que deem sinal de esmorecer.
Na virada do século XIX para o XX, encontramos um movimento educacional muito importante denominado de Escola Nova ou de Renovação Pedagógica. Este movimento uniu educadores de vários pontos da Europa e da América do Norte e, aos poucos, foi-se estendendo para muitos países de outros continentes, no caso chegou também aqui no Brasil.
Apesar de educadores contemporâneos serem agrupados como uma totalidade, é evidente que os caminhos percorridos por cada um deles, as avaliações realizadas e as propostas alternativas construídas eram muito singulares e diferenciadas. Mas como tinham alguns pontos comuns estes cumpriam o papel de realizar a unidade do movimento.
Esta pesquisa teve como objetivo geral identificar a importância dos educadores Anisio Teixeira e Fernando Azevedo no movimento da Escola Nova no Brasil.
Anísio Teixeira (1900-1971) e Fernando de Azevedo (1894-1974), foram precursores fundamentais do Movimento da Escola Nova no Brasil. Esse movimento  mudou o pensar e o fazer pedagógico, influenciando os métodos de ensino até a atualidade.

Referencial Teórico
A Educação é a prática mais humana, considerando-se a profundidade e a amplitude de sua influência na existência dos homens.  O trabalho desenvolvido por Moacir Gadoti no seu livro “história das Ideias Pedagógicas” oferecem os elementos básicos para que compreendamos melhor nossa prática educativa e possamos transformá-la. Evidencia o fato de não podermos nos omitir diante dos problemas atuais. E mais: oferecem recursos para que os enfrentemos com rigor, lucidez e firmeza.
 Este mostra uma síntese consistente dos pensadores da História da Educação e nos faz refletir sobre a importância destes para a humanidade. O estudo da teoria educacional nos convida à ação individual e coletiva. Além das leituras, instrumentos fundamentais para a aquisição de um vocabulário básico, a pergunta, a indagação, o diálogo, o debate e a discussão organizada constituem a base do ato de pensar.
Este trabalho de pesquisa é ambicioso, não podendo se esgotar apenas nele. Ela impôs escolhas e limitações. Assim, o texto ganha a perspectiva de um amplo roteiro, indicando caminhos, dando pistas, lançando provocações, solicitando aprofundamentos. Para cada período foram destacados pensadores ou escolas de pensamento significativas que tiveram então suas concepções pedagógicas e filosófico-educacionais apresentadas de maneira sintética e analisadas no âmbito de seu contexto histórico-cultural e de seu alcance teórico.
Esta pesquisa que resultou pela longa experiência de Moacir Gadoti com professor de história e de filosofia da educação teve início em 1971. As ideias foram apresentadas em ordem cronológica, histórica e demonstrou o quanto a evolução da educação está ligada á evolução da própria sociedade.
Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século 20, Anísio Teixeira foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. Como teórico da educação, Anísio não se preocupava em defender apenas suas idéias. Muitas delas eram inspiradas na filosofia de John Dewey (1852-1952), de quem foi aluno ao fazer um curso de pós-graduação nos Estados Unidos. 
Nos anos 1920, com a crescente industrialização e a urbanização em todo o mundo, a necessidade de preparar o país para o desenvolvimento levou um grupo de intelectuais brasileiros a se interessar pela educação – vista como elemento central para remodelar o país. Os novos teóricos viam num sistema estatal de ensino livre e aberto o único meio efetivo de combate às desigualdades sociais. Esse movimento chamado de Escola Nova ganhou força nos anos 1930, principalmente após a divulgação, em 1932, do Manifesto da Escola Nova. O documento pregava a universalização da escola pública, laica e gratuita. Entre os nomes de vanguarda que o assinaram estavam, além de Anísio Teixeira, Fernando de Azevedo (1894-1974), que aplicou a sociologia à educação e reformou o ensino em São Paulo nos anos 1930.
Fernando de Azevedo (1894-1974) foi o principal introdutor das concepções do sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917) no Brasil. Durkheim pretendeu dar um sentido positivo à sociologia e procurou demonstrar a possibilidade de uma ciência objetiva da sociedade, semelhante às ciências naturais. Em decorrência de suas ideias a respeito do homem e da sociedade, o sociólogo francês acreditava que a educação deveria ter como objetivo integrar os indivíduos, situação em que teriam consciência das normas de conduta social e do valor da coletividade a que pertencem.


Metodologia
ü  Caracterização da pesquisa;
ü  A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, documentos mimeografados ou xerocopiados,  manuscritos, etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo.Pesquisa qualitativa, de ca ráter  exploratório;
            A pesquisa foi desenvolvida por meio de pesquisa bibliográfica em livros, artigos e internet no mês de dezembro/2011.

Conclusões
Com esse intuito, procuramos mostrar que os  dois pensadores citados  valorizam o papel da ciência para a educação e procuraram se apropriar do pragmatismo para pensar sobre os problemas educacionais brasileiros, revelando um esforço de adequação dessa corrente filosófica às demandas de nossa sociedade. Contudo, cada um deles assume uma posição particular em relação à ciência e, em especial, ao papel da
filosofia, esboçando uma interpretação diferente dessa corrente de pensamento e, consequentemente, conferindo sentidos distintos ao discurso pedagógico formulado por
eles, a ponto de expressarem sutis divergências, pouco enfocada na literatura sobre o
movimento da Escola Nova no Brasil, que, em geral, preferiu compreendê-lo como portador de uma unidade, facilitando a sua exaltação e, posteriormente, a sua crítica.

Referências
ABREU. J. Filosofia da educação e pesquisa educacional. Revista Educação e Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v.3, n.7, p. 71-98, abr.1958.

CUNHA, M. V. da. A antinomia do pensamento pedagógico: o delicado equilíbrio entre indivíduo e sociedade. Revista da Faculdade de Educação, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 189-204, jul. /dez.1993.

CUNHA, M. V. da. John Dewey e o pensamento educacional brasileiro: a centralidade da noção de movimento. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 17, p. 86-99, maio/jun./jul./ago.2001.

PAGNI, P. A. Do “manifesto de 1932” à construção de um saber pedagógico: ensaiando um diálogo entre Fernando Azevedo e Anísio Teixeira. Ijuí: Editora Unijuí, 2000.


[1] Aluna do Curso de Pedagogia da Faculdade Kurius.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Educação Grega - História da Educação Grega

 
As meninas não recebiam qualquer educação formal, mas aprendiam os ofícios domésticos e os trabalhos manuais com as mães. Principal objetivo da educação grega era preparar o menino para ser um bom cidadão. Os gregos antigos não contavam com uma educação técnica para preparar os estudantes para uma profissão ou negócio.

Em Esparta a educação era organizada em modos militares e dava-se ênfase à educação física. Os meninos viviam em casernas dos 7 anos 30 anos e sua educação incluía intermináveis exercícios de ginástica e atletismo. Os professores surravam os alunos, as vezes, seriamente, a fim de reforçar a disciplina. Os espartanos alcançavam a maturidade em ótimas condições físicas mas em geral eram ignorantes; somente alguns sabiam ler e escrever.

A educação em Atenas contrastava acentuadamente com àquela que era adotada em Esparta. Eles acreditavam que sua cidade-estado tornar-se-ia a mais forte se cada menino desenvolvesse integralmente as suas melhores aptidões individuais. O governo não controlava os alunos e as escolas. Um garoto ateniense entrava na escola aos 6 anos e ficava confiado a um pedagogo. Ele estudava aritmética, literatura, música escrita e educação física; além disso decorava muitos poemas e aprendia a tomar parte nos cortejos públicos e religiosos. Os meninos tinham feriados apenas nos dias de festas religiosas. O governo recrutava para treinamento militar durante 24 meses, todos os jovens quando atingiam a idade de 18 anos.

http://www.historiadomundo.com.br/grega/educacao-grega.htm